Irredutível

Portanto, tivesse a França sido ocupada por Muçulmanos, hoje chamar-se-ia Al-Gália?

Escrevia tão bem em Inglês que num daqueles programas de troca de correspondência foi classificado como Pen Pal Plus.

Procuro no fumo e no vinho

O problema do Jorge Palma não é o álcool. Ele até tem conseguido seguir um regime restrito de só beber, e pouco, vinho às refeições. Ele só fala assim hoje em dia porque o corpo dele ainda está a processar bebedeiras de 1981. É uma questão de metabolismo.

Gosto da intensidade com que as pessoas se entregam às conversas do Messenger; chega-se a tal ponto de realidade que, quando uma frase é ilegível e reagimos com um "quê?", respondem-nos com a mesma frase, escrita da mesma maneira. Porque o nosso problema não era a frase estar escrita de maneira estranha, não. Só não queríamos era fazer scroll.

Fui eu que inventei

Não consigo perceber porque é que toda a gente se vira sempre contra o Mourinho. É que é preso por ter cão e preso por não ter.

2ª Actualização


O Correio da Manhã continua a defender que se trata de um Rottweiler, enviando uma mensagem clara a este estabelecimento e ao periódico Sol: "Ah ah, nós sabemos escrever Rottweiler e vocês não." Chamo a atenção para o pormenor da dramatização do ataque que se acrescenta à notícia, representando três rottweilers que atacam uma mulher de ascendência algures entre o Japonês, o Albino, e o Espantalho.

Actualização

Continuamos a acompanhar o estranho caso do Cão com dupla personalidade, quando são 1h do dia seguinte ao ataque.


Parece ter sido finalmente confirmada a verdadeira identidade do cão, depois de contactados vários irmãos da mesma ninhada e o Serviço de Fronteiras de Pedigree da Alemanha.


A Lusa acrescenta ainda um dado novo, revelando que o cão estava em estado grave quando atacou. Afinal sempre era fofinho, coitadinho, só se estava a defender.


O Sol opta por não entrar na discussão, indicando raças diferentes no título e no texto, mas ainda assim avança que o cão estava apenas livre de perigo. Portanto, não era assim tão fofinho. Eu sabia.


A TSF teve, obviamente, acesso à minha teoria e reforça-a, associando esta notícia a um ataque de um Pitbull ocorrido no Algarve. Inicialmente pensou-se que o Pitbull fosse um Chiuaua, descobrindo-se posteriormente a verdadeira identidade do animal.
Será importante indicar que Totó, representado na foto pela TSF, já veio a público desmentir a sua ligação a este caso, argumentando que estava envolvido numa desbastação de unhas à hora do ataque.

Dentadura



Viajar de carro durante várias horas leva-me a ouvir notícias dadas por emissoras diferentes; caso nunca se tenham apercebido, as notícias que as rádios dão são, basicamente, as mesmas durante todo o dia. A não ser que aconteça alguma coisa nova entretanto, que passará a ser a primeira notícia. Mas as seguintes continuarão iguais, quer no texto quer no comentário gravado do jornalista designado para aquele caso específico. Comentário esse que parecerá, sempre, ser feito em directo e com grande risco por parte do jornalista. Regra geral, há sempre um esforço por não dar a entender que depois de gravar aquela notícia, o jornalista em questão já almoçou, mudou o óleo ao carro e plantou uma árvore. Porque o importante é que o ouvinte ache que aquele jornalista parou tudo o que estava a fazer, à hora certa, para lhe dar, àquele ouvinte específico, a notícia, passando então a ser a responsabilidade do ouvinte passar a palavra porque, naturalmente, foi o primeiro a saber.

Portanto, opto por ouvir as mesmas notícias mas ditas de maneira diferente. Hoje, a consequência disso foi uma mulher ter sido atacada por um cão da raça Doberman na Antena 1, enquanto que na TSF a mulher tinha sido já, claramente, atacada por um cão da raça Rotweiller. Isto cria em mim uma série de receios.

O primeiro, o menor, está relacionado com o hábito de ter cãezinhos fofinhos como são, por definição, os Doberman e os Rotweiller. Considerando que os cães costumam ser utilizados em anúncios de produtos de higiene e limpeza, os Doberman e os Rotweiller são, claramente, suficientemente fofinhos para serem a cara de uma marca de papel higiénico. Um papel higiénico com espinhos e ácido sulfúrico. Parece-me que esse produto estaria ao nível da fofice de um Doberman ou de um Rotweiller. Mas o que acho mais estranho é mesmo a necessidade que os donos sentem de justificar o quão fofinhos os seus cães são. “Não, não, ele tem este olhar sanguinário mas é uma doçura de animal, consegues fazer-lhe festas perfeitamente, desde que não estejas na mesma sala que ele” ou “Ahah, não te preocupes, este só ladra, não morde, a não ser que te mexas. Se te mexeres, arranca-te uma mão como se fosse gelatina, mas se te mantiveres completamente imóvel durante uns minutos não te faz nada.” são frases de quem, parece-me, não está completamente convencido da abrangência da fofice do seu animal. Não vejo porquê, já que quando uma pessoa olha para um Doberman ou para um Rotweiller, associa imediatamente a coisas fofinhas como “algodão-doce”, “campos de flores” e “SANGUE”. Portanto, que alguém tenha em casa um cãozinho assim, fofinho, é uma coisa que me preocupa.

O meu segundo receio em relação a este caso tem a ver com a imigração ilegal de caninos. A única explicação que encontro para a disparidade de versões entre as duas rádios é que o dito animal possuísse identificação falsa. Claramente, cada uma das rádios teve acesso a um dos passaportes que o animal transportava, o que gerou o desencontro de opiniões. Como é sabido, ambas as raças são originárias da Alemanha, o que terá facilitado a distribuição da documentação falsa; ainda assim, será preocupante pensar que este poderá ser um indício de um mercado paralelo de documentação canina falsificada, em que certas raças se farão passar por outras, quais lobos em pele de cordeiros, para depois controlar o mundo.

É urgente que se proceda a um sistema de protecção da identificação canina, para que se possam evitar confusões como a de hoje e para que cada família saiba que não é normal o seu Cão d’Água chegar aos armários de cima da cozinha.


"O meu nome é Florzinha, gosto de festinhas, bolinhas de borracha e de SANGUE."

Imagem fofinha do cãozinho é daqui




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