1,2 g/l

Às cerca de 150 pessoas que estavam na mesa ao lado no restaurante ontem à noite: se o Fulaninho não quisesse "ser da vossa malta", possivelmente não estaria a jantar convosco, digo eu. E falo por mim também quando digo que, em restaurantes, quando encho o copo, habitualmente tenho intenção de o "beber até ao fim" e nem por isso faço desse gesto um acto de celebração ou uma qualquer espécie de ritual pagão de agradecimento aos deuses. Aliás, beber um copo até ao fim não é propriamente digno de registo num livro de recordes ou numa reportagem televisiva. Portanto, não vejo qualquer razão para que seja uma actividade acompanhada com palmas, berros e cânticos, qual claque.

Se o jantar era algum tipo de encontro de iniciação a uma seita, aconselho-vos a rever os métodos de aceitação. Por uma questão de não cansar tanto os membros da seita como outras pessoas que hipoteticamente possam estar num jantar de aniversário de uma amiga na mesma sala do mesmo restaurante do Porto (reforço que tudo isto é um cenário hipotético), poderão talvez variar a forma como decidem se são ou não dignos membros para o vosso clube. É que ao 23º "se o Aquilino quer ser da nossa malta, tem de beber este copo até ao fim, e vai acima e vai abaixo e vai ao centro", começa a tornar-se uma melodia um tanto ou quanto perturbante.

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